Na praia, uma rede na varanda... É a oportunidade que eu esperava para fazer uma das coisas que mais gosto nas férias: ler, simplesmente, tudo o que cair nas minhas mãos. De enciclopédia velha a bula de remédio, vale tudo. Listo e comento, a seguir, o que li nas últimas férias:
Uma história íntima da humanidade, Theodore Zeldin - é uma viagem no tempo. Zeldin levanta, em pesquisa com mulheres francesas, alguns sentimentos sempre presentes na humanidade, como a solidão, o relacionamento entre homens e mulheres, entre outros, e busca suas origens na história. Denso, informativo, muito gostoso de ler.
O filho eterno, Cristovão Tezza - perfeito, merece todos os prêmios que ganhou e muitos mais. É de uma honestidade brutal, que choca e faz pensar.
O tigre branco, Aravind Adiga - um panorama da Índia atual, muuuuuuito além de "Caminho das Índias".
A cidade do sol, Khaled Hosseini - me fez pensar nas pessoas que vivem em situação de guerra, e em como a realidade delas é distante das nossa, por mais que nos esforcemos em compreender.
As belas coisas, que é do céu contê-las, Dinaw Mengestu - procura ir pelo mesmo caminho de Khaled Hosseini, mas ainda precisa comer muito arroz com feijão.
O jogo do anjo, Carlos Ruiz Zafón - argumento bom, prosa ruim. Metáforas desastradas ("chuva negra que desmoronava do céu em lágrimas de alcatrão"? Fala sério...) e uma profusão de lágrimas negras, olhares gélidos e sorrisos lupinos. Zafón deve ter lido muito Edgar Allan Poe e H.P. Lovecraft, mas não entendeu direito.
Sombras da noite, Stephen King - atualmente, ninguém escreve terror e mistério como Stephen King. Ele consegue ser convincente, mesmo nas situações mais absurdas.
Sob o sol da Toscana, Frances Mayes - que delícia! Me deu vontade de arrumar as malas e me mandar pra Itália, viver em uma casa no alto de um morro da Toscana, no meio de um jardim, assando pão com alecrim e tomando vinho sob um caramanchão de flores... Me disseram que o filme baseado no livro é muito bom de assistir, mas ainda não consegui encontrá-lo.
Crepúsculo, Lua nova, Eclipse, Stephenie Meyer - como boa mãe e tia de adolescentes, fui ler a nova coqueluche (que termo antigo!) da meninada. Dá para entender por que as meninas ficam fascinadas pelo Edward Cullen! Afinal, nada mais sexy do que um vampiro...
Cem anos de solidão, Gabriel Garcia Marques - pela terceira vez. Adoro o realismo mágico desses autores sul-americanos: Marques, Mario Vargas Llosa, Isabel Allende... Aqui, sim, encontrei metáforas boas: borboletas amarelas, por exemplo.
Trabalhando com encáustica
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Um dos retratos em múmias de Fayum, Egito, século 1a.C.
A encáustica é uma técnica milenar, datando de pelo menos 3000 anos. A
palavra tem origem no termo...
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